quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sesap lança política de saúde do homem

O levantamento da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) apontou que no Rio Grande do Norte vivem 824.610 homens entre 20 e 59 anos, o que representa 49% das pessoas dessa faixa etária e 26% do total da população. Essa população, até pouco tempo atrás, não tinha nenhuma política pública voltada para sua saúde. O órgão lançou a Política de Saúde do Homem, que pretende incentivar potiguares com esse perfil a irem com mais frequência ao médico, assim como motivar esse percentual a criar mais hábitos saudáveis.

O projeto estadual terá cinco fases compostas pela implantação, promoção da saúde, informação e comunicação, qualificação de profissionais, avaliação e monitoramento. "O trabalho vai ser gradativo", explicou Hugo Mota, coordenador do Grupo de Trabalho da Saúde do Homem da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap).

"Existiam políticas para as mulheres, crianças e idosos. Ficava faltando apenas os homens nessa faixa etária. Atualmente as mulheres vivem sete anos a mais que os homens", explicou o coordenador Hugo Mota. As principais causas de internamento masculinas no estado são externas, não surgem a partir das doenças. É a violência urbana, aliada aos acidentes de trânsito e o alcoolismo.

O coordenador da Área Técnica da Saúde do Homem do Ministério da Saúde, Baldur Schubert, mostrou que a cada três pessoas que morrem entre os 20 e 59 anos, duas são homens. O número é ainda maior quando a comparação fica entre cinco pessoas, dos 20 aos 30 anos, quatro das que morrem são do sexo masculino. A morte nessa última faixa etária é motivada principalmente por acidente de trânsito, trabalho e homicídios.

Segundo Baldur, os problemas de saúde surgem mais a partir dos 35 anos, como a hipertensão, diabetes e a obesidade. "Geralmente é o resultado do acúmulo de toda uma vida sem ir ao médico", explicou o coordenador. Ele disse que não tem, por enquanto, dados sobre a melhoria do comportamento do homem depois do início da campanha, mas sente que cresce significativamente o número de cirurgias de próstata e fimose.

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