Fazer a leitura de um texto pode parecer simples para a grande maioria dos alunos. Mas a realidade é que para muitos deles essa tarefa pode se tornar extremamente difícil e constrangedora, principalmente para a população de baixa renda.
Motivados pelos altos percentuais de problemas oftalmológicos que afetam a população e a desigual distribuição dos recursos humanos e financeiros, os Ministérios da Saúde e Educação lançaram o Olhar Brasil. O programa está em vigor no país desde 2008 e começou a ser implantado no estado em abril deste ano.
O objetivo do programa Rio Grande do Norte – Caminhando Juntos (como o projeto é chamado no estado) é identificar problemas visuais em alunos a partir de 15 anos matriculados no programa “Brasil Alfabetizado” do MEC, voltado apenas para alunos que não sabem ler ou escrever. Os beneficiados dispõem de acesso facilitado à consulta oftalmológica, e também à aquisição de óculos.
“Nós sabemos que existe uma evasão muito grande dos alunos devido a dificuldade de visão, por isso o projeto é importante porque, além de diminuir a quantidade de analfabetos, promove uma melhor qualidade de vida aos estudantes”, explica Valdimar Medeiros, representante do Olhar Brasil na Sesap.
No Rio Grande do Norte a Secretaria de Saúde Pública (Sesap) juntamente com a Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seec) organiza o projeto, que já atendeu mais de 7.000 pessoas. Cidades como Natal, Mossoró, Apodi e João Câmara já estão sendo beneficiadas. Nesta quarta-feira é a vez da população de Caraúbas receber os óculos dos alunos participantes do programa.
Para que toda esta ação seja possível, a Sesap trabalha fornecendo as clínicas parceiras que prestam os serviços oftalmológicos, já que todas precisam estar habilitadas pelo Sistema único de Saúde (SUS). A Secretaria recebe a produção das clínicas prestadoras e alimenta o banco de dados o Ministério da Saúde, que repassa os recursos para que a secretaria possa efetuar seu pagamento.
Saiba mais
Os dados epidemiológicos disponíveis para o Brasil mostram que 30% das crianças em idade escolar e 100% dos adultos com mais de 40 anos apresentam problemas de refração que interferem em seu desempenho diário e, conseqüentemente na sua auto-estima, na sua inserção social e em sua qualidade de vida.
A estatística mundial de prevalência de miopia e astigmatismo estima que 30% dos indivíduos com menos de 40 anos de idade necessitam ou necessitarão de óculos, além de parte dos casos de hipermetropia. Após os 40 anos de idade 100% da população mundial apresentam o processo de vista cansada ou presbiopia, interferindo na visão para perto, com conseqüente piora da leitura, escrita e outras atividades que exijam boa visão a curta distância.
O projeto Olhar Brasil prevê a assistência direta a 44 milhões de pessoas, envolvendo a aplicação de aproximadamente R$323,3 milhões de reais, num período de três anos. Fonte: Ministério da Saúde
FONTE: Governo do Estado do Rio Grande do Norte
Secretaria do Estado da Saúde Pública
Assessoria de Comunicação Social - ASCOM
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